domingo, 26 de setembro de 2010

A música perecível do novo milênio

Às vésperas do festival SWU (não tão véspera assim, eu que to ansioso mesmo) percebi algo muito interessante nesse festival, que é um dos grandes, como há muito tempo não vemos por aqui.

Então, vendo a escalação das bandas desse festival eu percebi que o rock não morreu, mas está congelado em algum lugar no final da década de 90.

Não pretendo contar a história do rock aqui, mas só pra relembrar.

Nos anos 50 tivemos Elvis e Johnny Cash, em 60 Beatles e Stones, nos anos 70 o surgimento do metal e do hard rock, com Sabbath, Zeppelin e Deep Purple e o começo do punk com Sex Pistols, Ramones, etc. Na década de 80 a consagração do metal: Iron Maiden, Slayer, Metallica, e, no final o hard rock/poser do Guns'n'Roses e associados. No início dos 90 muda tudo. Vem o grunge de Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam, Soudgarden...e no meio pro final dos 90 surge o new metal. Aqui no Brasil tivemos a Jovem Guarda, depois Mutantes e Secos e Molhados, na década de 80 a explosão do BRock com Titãs, Barão, Legião, e na década de 90 bandas irreverentes como Raimundos, Mamonas e Planet Hemp. E depois veio o....? Eu num sei o que veio depois, só sei que não é rock e que não vai demorar a ser esquecido.

Veja como exemplo as principais atrações do SWU:

Rage Against the Machine: uma das maiores e mais criativas bandas da década de 90. Tom Morello criou uma nova forma de tocar guitarra, fazendo solos maravilhosos entre os protestos de Zakk de La Rocha.

Queens of the Stone Age: liderada por Josh Homme, guitarrista da lendária banda Kyuss, a banda que "inventou" o stoner na década de 90.

Mars Volta: outra banda que surgiu de uma banda da década de 90. Formada por Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodriguez-Lopez, antigos membros do At The Drive in.

Infectious Groove: outra que vem desde os anos 90, com membros que também tocaram no Suicidal Tendencies.

Linkin Park: refugo do new metal do final da década de 90. Mas há controvérsias! Eu acho um Backstreet Boys com guitarras bem pesadas.

Cavalera Conspiracy: Formada por Max e Igor Cavalera, depois que o Sepultura desandou.

Outras bandas que também tem (muito) mais de 10 anos: Dave Matthews Band, Incubus, Pixies, Yo La Tengo, Sublime (agora com nova formação).

Pois é isso. Fora uma ou outra banda surgida no novo milênio, e nesse ponto eu vejo o dedo de gravadoras e empresários, as grandes atrações são de outras décadas simplesmente porque nada bom, original e duradouro surgiu nessa década, pelo menos não no mainstream.

Ainda hoje vejo muitas bandas covers, tributos, ouço na rádio, na tv e vejo pessoas curtindo Beatles, Sabbath, Ramones, Nirvana, Guns'n'Roses, fora outras bandas que citei acima, mais um monte que não citei, mas que são mais velhas do que eu. Hehehehe.

Fica ae minha aposta: será que daqui há 20 anos as pessoas vão lembrar do My Chemical Romance, Simple Plan, Restart, Tokyo Hotel, Lady Gaga, Nx Zero, Cine, etc...

Eu aposto que não! E se alguem lembrar pode me cobrar daqui há 20 anos que eu pago uma cerveja! Mas ao som de Alice in Chains! heheheh

Abraços nostálgicos pra minha extensa lista de 25 seguidores!!!

Sobre o autor:

Rodrigo Buzum é grunge, dorme sujo, bebe cachaça, usa drogas e toda sexta feira vai ao cemitério com seus amigos góticos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Tira uma foto comigo?

Eu vinha pensando em postar sobre uma coisa que eu odeio muito: a idolatria.

Brasileiro adora adorar. Vive pra ter um ídolo. Ou vários. E eu nunca entendi muito bem isso. Acho que é importante admirar uma pessoa, o que essa pessoa representa, o que ela faz. O problema é justamente o tipo de pessoa que resolvem tomar por ídolos aqui por essas terras. Não só aqui, mas no mundo todo. Só que aqui a coisa é meio fora do normal...

Hoje quais são as características pra uma pessoa se tornar um ídolo?

Vamos começar pelas "ídolas". Elas precisam ser gostosas e ter a bunda grande.

Mas no Brasil tem muita mulher gostosa com a bunda grande. Mas as "ídolas" tem um diferencial chamado fator BBB, o qual eu falarei depois.

Agora qual a diferença entre a gostosa que nós vemos no ônibus, ou em qualquer outro lugar e a gostosa da televisão?

NENHUMA!!!!!

Desliga a porra a TV e vai dar uma volta e você vai ver uma centena de mulheres muito mais interessantes do que as que voce vê no BBB. E daí que ela ficou numa casa com mais um monte de filho da puta vagabundo por não sei quanto tempo? Quantos brasileiros moram num barraco com mais 10, 12 pessoas e não são adorados por causa disso?

E os ídolos? Hoje eles são em sua maioria os participantes do BBB, jogadores de futebol ou emos coloridos de bandinhas adolescentes.

Eu até entendo o jogador de futebol, a paixão do brasileiro, e me esforçando muito entendo também as bandinhas buchas. Músicos sempre foram ídolos, e músicos de merda são ídolos de pessoas imbecis e sem cultura. E hoje a música é apenas um complemento, o que vale é o cabelinho, a roupinha...

Mas não dá pra aturar participante de BBB! Que porra é essa? O que esses cornos fizeram pra serem ídolos? Aonde essa porra desse país e dessa humanidade vai parar? Um vagabundo idiota fica numa casa com mais um monte de desgraçados e vira uma celebridade porque? O que ele fez?

Eu fico muito revoltado com isso. Num costumo xingar tanto no blog mas isso me tira do sério. Eu odeio o BBB com todas as minhas forças e acho que as pessoas que assistem deveriam ser proibidas de votar, dirigir, e deveriam ser internadas em instituições psiquiátricas, ou colocadas na cadeia. E aí vem a questão do Brasil estar perdido. A maioria assiste essa merda!!!!

Eu até assistiria o BBB se houvessem 2 pequenas mudanças. A primeira seria na seleção dos participantes. Eu gostaria de ver um pastor da universal, um neo nazista, um hippie maconheiro, um traficante da crackolandia, uma prostituta ninfomaníaca, uma freira, uma surfista lesado e um satanista adorador de black metal. Isso seria interessante.

A segunda seria o paredão ser levado a sério. Paredão é paredão. O povo votou, o perdedor vai pro paredão e é fuzilado pelos outros participantes. Imaginem a freira com uma metralhadora...

Outra coisa que não entendo é a histeria. Porque precisam gritar quando vêem o ídolo. Eu parei de ir em shows porque não consigo mais ouvir o show, só ouço desequilibrados gritando e, o que é pior, cantando junto e muito mal. Quer cantar vai no videoke que é muito mais barato! Pagam 200 reais pra ir a um show, ficar gritando e não escutar o show. Lamentável.

Se isso vira moda iria ficar engraçado. Imagina se toda vez que vissemos algo que gostamos mas não podemos ter, começassemos a gritar. Eu iria na Fnac por exemplo, e iria gritar mais do que qualquer cantor de grindcore! Napalm Death iria virar cantiga de ninar.

Em uma das minhas teorias, após vários anos trabalhando em shows, cheguei a conclusão que podemor medir o nível de beleza das fãs em decibéis. O decibel (dB) é uma medida da razão entre duas quantidades, sendo usado para uma grande variedade de medições em acústica, física e eletrônica. O decibel é muito usado na medida da intensidade de sons. É uma unidade de medida adimensional, semelhante à percentagem. Quanto mais feia a é fã ela grita mais e mais alto. Segue uma tabela abaixo pra comparação:

20 db

Ex.: Farfalhar de folhas

Fã gata quieta em um canto esperando sua vez de tirar foto. Normalmente o próprio artista a convida

50 db

Ex.: Conversa normal

Menina bonita que pede educadamente pra tirar foto

80 db

Ex.: Barulho de caminhão

Baranga berrando o nome do artista

120 db

Ex.: Avião decolando

O rascunho do mapa do inferno invertido berrando, chorando, se debatendo e emitindo barulhos bizarros, ininteligíveis e muito altos.

Então meninas, cuidado! Se voce grita muito voce provavelmente é feia pra caral#$%@!

Só pra terminar: se um participante de BBB se candidata a presidente ganha!!!

Ainda bem que eles não lêem o meu blog, senão iriam aproveitar a idéia!

Abraços e gritos histéricos pra todos!!!!!!

Sobre o autor:

Rodrigo Buzum é um zé ninguém invejoso que queria ser bonito e inteligente como um BBB, um grande músico como os emos coloridos e um esportista de bom caráter como o goleiro Bruno.